Se essa vida me
deixasse fazer poesia
Sem gosto de desespero,
sem sabor de agonia...
Se essa vida me
deixasse fazer poesia
Afastasse o desalento,
quebrasse a monotonia
Se essa vida
florescesse e me deixasse fazer poesia
Ignorasse a maldade, pisasse
na hipocrisia
Se essa vida me
deixasse fazer poesia
Com doçura de amor
quentinho e vislumbres de acrobacia...
Se essa vida fosse
menos madrasta e mais madrinha...
Se surgisse um raio de
sol no final do cinza...
E se um arco-íris surgisse,
colorindo o horizonte,
Eu faria um poema com
sabor de eternidade
E bonito como o amor
que sinto por você...
Profundo como os teus
olhos
Suave como o teu
sorriso
Talvez, eu espere todo
o furacão passar
E reconstrua um Mundo
sem lágrimas...
Mas, talvez, eu faça
poesia de dor
E espere o inverno, o ódio, a intolerância, os
maus
O inferno passarem... Talvez...
E só depois, quando tudo
for primavera
Eu escreva aquele poema de amor
Eu já não aguento tanta
escuridão!
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