Estamos perdidos
Estamos todos perdidos
E há sangue em nossas
mãos
Há sangue em nossos corpos
Não há relva nos campos
Nem pássaros
Nem florestas
Nem rios límpidos
Nem animais
As crianças nascem tortas
E as mulheres perdem seus
seios
Não podem amamentar
Há sinais de loucura no
ar
Há sinais de revolta dos
deuses
Há um grande mistério pra
ser decifrado
Mas ninguém sabe ler. Nada!
Estamos todos cegos
Nas manhãs, a escuridão
escoa
E as noites, as trevas
não enxergam o luar
Há murmúrios de rezas
Mas são falsas
Há um terror latente, em
cada coração
O mar está sempre revolto
Prenúncio de tsunamis!
Há lágrimas molhando os
desertos
Mas não servem para fertilizar
o solo
Há cactos espinhosos que ferem
Os nossos corpos
Há gemidos de dor por
toda a Terra
Mas não há remédio
Há montanhas de alimentos
Todos envenenados!
Há fome de tudo
Principalmente de amor
Há desamor entre os povos
E entre irmãos
E a guerra abriu todas as
fronteiras
A peste tem livre acesso
O caos é a rotina dos
homens
E meu olhar não suporta
O fim que se aproxima
Em cavalos alados que
voam em nossa direção!!!
Somos todos culpados.
Somos todos culpados.
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