Oh, lua cheia
Alumia todo o sertão
É tão grande o teu clarão
Põe foco na
viola
E nos grilos que fazem seresta
E acompanham o tocador
Dedilhando nas cordas
Canção que chora
Saudade do amor que foi
E não voltou...
Oh, lua afaga
a face do vaqueiro
Olhar perdido no terreiro
Cantando a sua dor.
O seu “canto é de incelença”
Lua, renova
sua crença
Na volta daquele amor
Não vês
No rosto alumiado
Tantas gotas de orvalho
Desmontando o cantador?
Vai, luar, consola
Traz perfume de esperança
Ventos de amor e dança
Seca com tua luz
A tristeza molhada
De olhar tão infeliz.