Açucena

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domingo, 2 de novembro de 2014

Voo dos anjos (Maria G. de Ibanhes)


Quando um anjo voa
Buscando o azul do firmamento
As palavras somem
Fica a dor
Latente
Inominável
Inexorável
Imensurável
Dilacerante
E as interrogações
Não pronunciadas
O silêncio é bálsamo
Mas a tristeza soa
À revelia das palavras não ditas
E é quase palpável
Talvez, uma única resposta:
Anjos não se adaptam
A essa terra devastada
Voam em busca de luz
Oremos!