Açucena

Açucena

sábado, 25 de fevereiro de 2012

IMAgem

Tua presença, num movimento duplo da memória,

reverbera - imagem fotográfica e voz digital

materializadas –  As ruínas do meu ser se reconstroem

e as sangrentas dores se desfazem – Dos olhos dissipam-se

todos os sinais de nostalgias – é como se primavera fosse,

esparramando cores e perfumes por todo o universo...

Tua presença, tua voz e teu olhar me absorvem – O olhar

- onde aprisionastes toda minha existência – Lá, fiz minha morada

e em ti amalgamei meu corpo, em  tua alma soprei minha essência...

Naquele instante, soube que eu não mais me pertencia – viveria sem ti,

mas seria como o “homem oco” – o coração empalhado

No olhar – nem brilho, nem ópio!

Nem a poesia, nem a música, nem a morte, nem a eternidade

esmaecem tua presença – “Eis que assisto a meu desmonte face a face e não me aflijo”,

porque cada fragmento de mim encontra-se na porosidade de tua pele, independente de
 tua vontade ou da minha - É o tempo que fia essa história , “visando alvos imortais”!!!

  By: Mary Ibanhes