Tua presença, num movimento duplo da memória,
reverbera - imagem fotográfica e voz digital
materializadas – As ruínas do meu ser se reconstroem
e as sangrentas dores se desfazem – Dos olhos dissipam-se
todos os sinais de nostalgias – é como se primavera fosse,
esparramando cores e perfumes por todo o universo...
Tua presença, tua voz e teu olhar me absorvem – O olhar
- onde aprisionastes toda minha existência – Lá, fiz minha morada
e em ti amalgamei meu corpo, em tua alma soprei minha essência...
Naquele instante, soube que eu não mais me pertencia – viveria sem ti,
mas seria como o “homem oco” – o coração empalhado
No olhar – nem brilho, nem ópio!
Nem a poesia, nem a música, nem a morte, nem a eternidade
esmaecem tua presença – “Eis que assisto a meu desmonte face a face e não me aflijo”,
porque cada fragmento de mim encontra-se na porosidade de tua pele, independente de
tua vontade ou da minha - É o tempo que fia essa história , “visando alvos imortais”!!!
By: Mary Ibanhes