Açucena

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Beduíno (By Maria G. Ibanhes)


Tenho andado por todos os desertos
Vivi entres secas e rios vazios
Os verdes que vi
Foram aqueles das vegetações desérticas
Espinhosas como a vida
E o da esperança teimosa
Que me habita
Tive que ser rude nos movimentos
Nas atitudes, tantas vezes
Mas o meu olhar denuncia
Há, na minha alma
Uma imensidão suave e terna
De sentimentos – o amor
Pelas pequenas coisas do chão
E das raízes que me fincam nesse torrão
Hostil, destemido
O qual moldou minha própria coragem
E nele, renasci cacto
Depois de morrer pela justiça
Que acreditei.
Continuo explorando desertos
Mas, hoje, sei aguar meu próprio corpo
E minha alma é um oásis.






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